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O ponto de virada

Muitas vezes, nos sentimos num deserto psíquico, seja porque em nós vibra a ressonância de crueldades passadas ou porque não nos foi permitida uma vida mais ampla a céu aberto, como menciona a amada Clarissa Pinkola. Olhamos em volta, e em todas as direções avistamos 500km de nada. Nos aventuramos então, naquilo que não é nosso, naquilo que não funciona mais, porque detestamos a solidão, a escassez, a fragilidade e queremos acabar logo com isso. Aceitamos o que nos dão, murchamos nosso desejo, considerando-o infantil e desnecessário. Estacionamos no quilômetro 499. Parece que não tem mais nada ali. Não seja tola, tolo. O ponto da virada é também o ponto da purificação. É saber que não se trata de acreditar que vai virar, trata-se de confiar. A confiança é a única possibilidade de uma criança quando começa a andar. Ela se entrega. Para aquele que se dispuser a andar 501 km, existe mais alguma coisa. Exuberar a intensa vida abaixo do estreito deserto que se acostumou a transitar. Engatinhe, role, penere esse deserto e veja o que encontra. Bata a porta de Deus, ore, busque ajuda, seja intenso e leve, ria baixinho, gargalhe sem desespero. A mais 1 km, algo só seu está a sua espera. -----‐‐------------ Autora Rita Paula Tyminski Inspiração livre na autora Clarissa Maravilhosa Pinkola

Foto Jalapão - Tocantins (blogBrasilWonder)

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