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O mês de agosto. A transição na alma e as Constelações familiares.


O mês de agosto traz um incômodo na sua transitoriedade. Desejamos tanto que venha a brisa mais amena do mês de setembro, as flores brincantes sob a luz mais forte do sol, e no entanto, parece-nos que agosto insiste em nos dizer que ainda não. Ainda é tempo de espera. A semente ainda dorme na terra fria, os ventos ainda esfriam nossos rostos. A próxima estação vem depois daquele túnel.

Assim também, vem-nos a sensação de entrarmos num compasso de espera quando realizamos intensos processos de autoconhecimento, como numa junção de peças de um quebra-cabeças, passamos a entender que pedaço faltava alí, a ausência de qual pessoa mais nos afetava, a crença familiar mais pungente que nos iludia, e até uma dor desconhecida se apresenta agora com nome e RG.

A criança interior se revela, resgatada de uma longa imersão de um inverno rigoroso. Solto uma gostosa risada, desprendo os cabelos, boto fora aquela roupa que nunca me representou, rsrs.

No entanto, olho pra sala, e ainda está lá aquela sensação, ou mais, aquela inapetência em transformar tantos ganhos em ações concretas, palpáveis. Sou mais fácil com as palavras que com a realização.

Mesmo assim, tomemos, de novo, agosto na sua transitoriedade. Ela é necessária. Sabiamente necessária. Nossa alma também repousa em seu agosto, na vital necessidade de recompor os danos, sanar a anemia psíquica e computar os ganhos.

Há letargia nisso? Claro que não! É outrossim, uma intensa atividade de realinhamento sistêmico, assim como a semente se prepara pra arrebentação que a espera. O novo vai emergir.

O mesmo ocorre em nossa vivência de Constelação Familiar. Vem-nos muitas vezes clareamento e revelações de embaraços de destinos difíceis de nossos ancestrais. Nos sana a culpa, nos evidencia a responsabilidade..... e, no entanto, parece-nos que efetivamente as coisas não mudam, as pessoas não mudam e eu ... não sei que fazer.

Parece-nos.

Este agosto passa. Logo vem setembro e uma vontade súbita de mudar um velho hábito; logo, um desejo de se alimentar mais saudável; logo, você tem aquela conversa, que há tempos, estava no modo de espera num relacionamento; logo, você assume uma nova estratégia de trabalho, e pensa: - "Era só isso que eu tinha que fazer?"

E o outro? Ah... deixa o outro, ele está no seu inverno.

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A autora

Rita Paula Tyminski Xavier

Advogada

Facilitadora em Constelação Familiar

pós graduando em Constelações Familiares na Hellinger Schulle

contato 11 9 9656 60 99

Atendimentos em São Paulo e Londrina

youtube Paula Tyminski

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