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O intranstornável destino

O filme Girl parece que cronologicamente é antecedido pelo filme, A garota dinamarquesa, com o brilhante Eddie Redmayne, que interpreta um dos primeiros homens a se submeter a cirurgia de mudança de sexo na história. A descoberta de uma mulher dentro de si. O intranstornável destino de um homem de se ver e VIVER mulher. Em Girl, se adentra na intimidade de três homens, o pai e dois filhos. A mãe não é mencionada. Parece que a temática quer se concentrar apenas na dor, no desafio e na resignação do universo masculino diante do mistério da sexualidade que se impõe, de dentro pra fora. Talvez, venha de dentro de uma consciência familiar que zela pela restituição dos excluídos dela, por medo, preconceito, incompreensão ou dó. Mesmo ao preço de que alguém mais novo nessa família o represente, revivendo o drama, trazendo a todos nova chance de compreensão dos íntimos sentimentos e mistérios que movem a sexualidade, guiados por uma sabedoria ainda oculta aos nossos olhos. Porém, mesmo que nos pareçam insondáveis os designos de uma alma feminina em um corpo masculino, Girl vai além, nos presenteia com todas as nuances e delicadezas dessa alma feminina se impondo, erupcionando, se derramando no menino. Ele é uma bailarina e quer se ver e se sentir uma, dentro, fora, ao lado. Então dança, num misto de tensão e prazer, transmutando com dor e disciplina o homem na mulher. O filme não é liso ou florido, pra tentar nos causar menos mau estar, pode mesmo tocar um reduto sensível da nossa infância, mas mesmo assim vale. Vale chegar ao fim surpreendente, que nos sinaliza que estamos apenas começando a compreender o tema do irresistível desejo de se ser quem se sabe que é. #autoconhecimento #familienstellen #constelacaofamiliarparaavida

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